quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Reino Plantae





Principais grupos vegetais












Diferenças entre Briófitas e Pteridófitas






                                 Diferenças entre Gimnospermas e Angiospermas


 Quadro Síntese dos principais grupos do reino vegetal








sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Reino Fungi



Os fungos são popularmente conhecidos por bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e cogumelos-de-chapéu (champignon). É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente.

Principais Características

  • São eucariontes
  • Aclorofilados
  • Heterótrofos por absorção
  • Podem ser saprófitos (decompositores) ou parasitas
  • Unicelulares ou pluricelulares
  • Os pluricelulares tem o corpo formado por micélio: conjunto de hifas
  • Possuem células com parede celular de quitina
  • Reprodução assexuada ou sexuada por esporos
  • Habitat: lugares úmidos e sombreados ou aquáticos.




Fungos decompositores no tronco de uma árvore - Parque Vasconcelos Sobrinho em Caruaru (04.09.2017)
Foto: Tatiana Souza

Fungo orelha de pau encontrado no Parque Vasconcelos Sobrinho - Caruaru em 04.09.2017
Foto: Tatiana Souza




Os Fungos e sua Importância

Ecológica
Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.
Os agricultores usam fungicidas para eliminar os fungos das plantas. Atualmente, é comum selecionar para o plantio plantas geneticamente resistentes aos fungos.
Os fungos são capazes de penetrar na camada da celulose que protege as plantas. Alguns destroem a substância responsável pela enrijecimento do tronco e do caule das plantas.
Micoses - As doenças provocadas por fungos são conhecidas como micoses. Entre as que podem acometer o ser humano, podemos citar o "sapinho", comum na boca de bebês, e as frieiras nos pés. Há micoses que atacam órgãos internos, por exemplo, os pulmões, e podem provocar a morte do indivíduo.
 
Os fungos podem infectar a nossa pele e multiplicar-se causando as micoses. Para ocorrer essa multiplicação, são necessárias condições que favoreçam a ação dos fungos: a umidade e o calor, comuns nas virilhas, entre os dedos (principalmente os dos pés) e no couro cabeludo; dessas regiões os fungos podem espalhar-se por outras áreas do corpo.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.

Os fungos saprófagos são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias saprófagas, eles compõem o grupos dos organismos decompositores, de grande importância ecológica. No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por outros organismos.
Apesar desse aspecto positivo da decomposição, os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de madeira utilizada em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios prejuízos econômicos. Os fungos parasitas provocam doenças em plantas e em animais, inclusive no homem.

Fungos decompositores no tronco de uma árvore - Parque Vasconcelos Sobrinho em Caruaru (04.09.2017)
Foto: Tatiana Souza


A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungo; as pequenas manchas negras, indicando necrose em folhas, como a da soja, ilustrada a seguir, são devidas ao ataque por fungos.



Líquens



















Os líquens são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam líquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação.


A natureza dupla do líquen é facilmente demonstrada através do cultivo separado de seus componentes. Na associação, os fungos tomam formas diferentes daquelas que tinha quando isolados, grande parte do corpo do liquen é formado pelo fungo.


Líquen encontrado no Parque Vasconcelos Sobrinho - Caruaru em 04.09.2017
Foto: Tatiana Souza
Líquen encontrado no Parque Vasconcelos Sobrinho - Caruaru em 04.09.2017
Foto: Tatiana Souza

Micorrizas

Micorrizas (do grego mukes – cogumelo e rhiza – raiz) são associações entre fungos e raízes de plantas superiores.

Os fungos, associados às raízes, ocupam um maior volume do solo, potencializando a absorção de nutrientes, principalmente do sódio. A planta, através da fotossíntese, fornece energia e carbono para a sobrevivência e multiplicação dos fungos. Nos trópicos, onde a maior parte do solo apresenta baixa fertilidade, a formação de micorriza é importante para a sobrevivência e o crescimento das plantas, assim como para a sucessão da floresta e a recuperação das áreas degradadas. Neste tipo de solo, a micorrização pode beneficiar pouco ou não ter efeito sobre a planta hospedeira.






Reprodução dos Fungos

Esporos
Os esporos são células que, por mitose, originam novos indivíduos. Em geral, são imóveis, com exceção dos encontrados em quitrídios, e produzidos por estruturas que se elevam acima do micélio (massa enovelada formada por um conjunto de hifas), denominadas de esporângios, ou em células de hifas (filamentos de células), sendo denominados de conídios.
Os esporos consistem em um método bastante eficaz de propagação, pois podem ser carregados pelo ventoágua e animais a grandes distâncias. Quando eles caem em um local propício, com água e nutrientes, desenvolvem-se. Essa facilidade de propagação ajuda a explicar a ampla distribuição de muitas espécies.
reprodução assexuada nos fungos pode ocorrer de três maneiras, por fragmentaçãobrotamento e esporulação.
fragmentação é um tipo de reprodução assexuada muito simples que ocorre em certas espécies de fungos. Nesse tipo de reprodução, o micélio (conjunto de hifas) se quebra, graças a fatores bióticos ou abióticos, dando origem a clones. 
brotamento, também chamado de gemulação, é outro tipo de reprodução assexuada que ocorre em fungos, como o Saccharomyces cerevisae. No brotamento, o fungo adulto emite brotos ou gemas laterais que se desenvolvem e podem ou não se separar da célula original.
esporulação é um tipo de reprodução assexuada realizada por diversas espécies de fungos, como o Rhizopus. Na esporulação, os fungos possuem estruturas chamadas de esporangióforos, que nada mais são do que hifas especiais que saem de determinados pontos do micélio. Na extremidade de cada esporangióforo, encontramos o local onde são produzidos os esporos, que é chamado de esporângio.  Quando os esporos estão maduros, o esporângio adquire coloração escura e se quebra, liberando os esporos no ambiente. Os esporos são células haploides de paredes resistentes que, por serem muito leves, são disseminados pelo ambiente através do vento, água, animais, homem etc. Quando esse esporo encontra um local com condições ambientais favoráveis, ele se desenvolve, originando um novo micélio.

Reprodução sexuada 
De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos se inicia com a fusão de hifas haploides, caracterizando a plasmogamia (fusão de citoplasmas). Os núcleos haploides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica, n + n).
Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diploides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haploides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).

Fonte: http://www.sobiologia.com.br e http://brasilescola.uol.com.br

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Reino Monera

O Reino Monera é formado pelas bactérias e cianobactérias (popularmente conhecidas como algas azuis). São seres caracterizados por serem unicelulares e procariontes (não possuem membrana nuclear, sendo assim todo seu material genético está disperso no citoplasma).


As células procariontes são aquelas nas quais não há separação entre componentes do núcleo e do citoplasma, eles ficam juntos no mesmo espaço. Já as células eucariontes são as células que apresentam essa separação, os componentes do núcleo ficam separados por uma membrana chamada carioteca.

Por serem um organismo tão simples e, teoricamente frágil, além da membrana plasmática, os representantes do Reino Monera são envoltos por uma parede celular e, às vezes, por uma cápsula. Nessa cápsula existem algumas estruturas que auxiliam no deslocamento como cílios, e flagelos. Cílios são pequenos filamentos e estão sempre presentes em grande número, e os flagelos são filamentos grandes que aparecem em pequeno número, normalmente um ou dois.


                                                                        Bactéria                                                                                   



                                                                      Cianofícea






Os seres vivos do Reino Monera podem ser fotossintetizantes (produzem o próprio alimento com componentes orgânicos – CO2 – na presença de luz solar), quimiossintetizante (produzem o próprio alimento com componentes inorgânicos na ausência de luz solar), heterótrofos (se alimentam de uma fonte externa) ou saprófitos (decompositores). Eles podem respirar oxigênio (aeróbios) ou, quando não tiver oxigênio no ar, usar a glicose, por meio da fermentação (anaeróbios).


Classificação

As bactérias são classificadas de acordo com a sua forma. Espirilos são em formato de espiral, bacilos em forma de bastão, vibriões em formato de vírgula e cocos que são esféricos. Os cocos podem viver isolados e recebem este mesmo nome, mas também podem viver em conjunto formando um filamento (como colar de pérolas), que são chamados de estreptococos ou formando uma massa, chamado de estafilococos.


Reprodução

A reprodução pode ser assexuada por bipartição, quando uma bactéria se divide em duas ou por brotamento, quando uma célula surge de outra podendo se manterem juntas formando uma colônia. A reprodução sexuada é chamada de conjugação ou recombinação no qual duas bactérias que estão próximas formam uma ponte para manter contato e passam o plasmídeo de uma para outra. Esse tipo de reprodução é responsável pela resistência das bactérias aos antibióticos. O plasmídeo geralmente tem genes que fazem essa resistência e são passados para outras bactérias levam esse poder com eles, assim a cada reprodução as bactérias adquirem resistência a um novo antibiótico.

As cianobactérias são procariontes fotossintetizantes (usam uma organela chamada cloroplasto) que são encontradas e ambientes úmidos ou no mar e em água doce. Elas só se reproduzem assexuadamente e podem viver em forma unicelular ou em colônias. Em condições desfavoráveis elas formam os acinetos, que preservam a cianobactéria até o ambiente voltar a ser favorável para sobreviver. Algumas espécies de bactérias e cianobactérias causam doenças aos seres humanos.

Curiosidades sobre as bactérias


Probióticos protegem enfermos da pneumonia, diz estudo

Uma pesquisa sueca afirmou que probióticos podem proteger pacientes em estados clínicos graves da pneumonia.

Segundo o estudo do Hospital da Universidade de Lund, Suécia, as bactérias benéficas à saúde podem impedir que micróbios perigosos colonizem as vias respiratórias de pacientes gravemente doentes e que respiram com a ajuda de aparelhos.


A solução probiótica teve o mesmo bom desempenho que os antissépticos normais, usados para prevenir a contaminação por bactérias causadoras de pneumonia.

E, por serem mais naturais, os probióticos apresentaram menos efeitos colaterais. As bactérias probióticas Lactobacillus plantarum 299 são normalmente encontradas na saliva e produtos fermentados.

Alergias

A pneumonia é um problema comum em pacientes que precisam da ajuda de aparelhos para respirar. Ela ocorre quando bactérias prejudiciais presentes na boca, garganta ou tubo respiratório são inaladas pelo pulmão.

Esfregar o antisséptico clorexidina na boca dos pacientes é a recomendação mais comum para reduzir o risco deste tipo de pneumonia em pacientes em estado grave e que precisam da ajuda de aparelhos para respirar.

É raro, mas alguns pacientes são alérgicos à clorexidina. Também existe um risco pequeno de a bactéria causadora de pneumonia desenvolver resistência à clorexidina.

A equipe de cientistas suecos liderada por Bengt Klarin comparou o tratamento com o probiótico e com a clorexidina em 50 pacientes em estado grave. Exames revelaram que os dois tratamentos podem ser eficazes na prevenção da proliferação de bactérias potencialmente prejudiciais na boca e garganta.

E um probiótico que adere à boca por dentro poderá funcionar todo o tempo, ao contrário dos antissépticos, que perdem o efeito depois de algumas horas.

Os cientistas suecos afirmam que ainda são necessárias mais pesquisas para investigar a possibilidade do uso do probiótico nestas ocasiões.

O estudo sueco foi publicado na revista especializada Critical Care.

"É uma idéia plausível. Mas precisamos de testes maiores que se concentrem em resultados clínicos que provem que o tratamento é eficaz e barato", afirmou Bob Marsterton, diretor da Sociedade Britânica para Quimioterapia Antimicrobiana.

Para Marsterton a clorexidina ainda é um tratamento altamente eficaz, barato e disponível.




Iogurte natural combate o mau hálito, diz pesquisa

Iogurtes sem açúcar podem ajudar a acabar com o mau hálito, cáries e problemas na gengiva, conforme um estudo que cientistas japoneses apresentaram num encontro da Associação Internacional para Pesquisa Dental.

De acordo com a pesquisa, tomar iogurte reduz os níveis de gás sulfídrico, uma das principais causas do mau hálito, em 80% dos voluntários.

A redução do mau hálito seria causada por bactérias ativas no iogurte, especificamente Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermiphilus.
Os 24 voluntários que participaram do estudo receberam instruções rigorosas sobre higiene oral, dieta e ingestão de remédios.

Bactérias

Eles passaram duas semanas evitando iogurtes e comidas semelhantes, como queijo. Os pesquisadores então retiraram saliva e amostras das línguas dos voluntários para medir os níveis de bactérias e componentes que causam odor, incluindo o gás sulfídrico. Depois, os voluntários tomaram 90 gramas de iogurte por dia durante seis semanas e tiveram mais amostras recolhidas pelos pesquisadores.

Eles descobriram que os níveis de gás sulfídrico tinham diminuído em 80% dos participantes.Os níveis de placa e de gengivite também ficaram significativamente mais baixos. "O consumo freqüente de comidas com altos níveis de açúcar é a principal causa de cáries, que podem causar muita dor e desconforto", disse Nigel Carter, presidente da Fundação Britânica de Saúde Dental. "Embora essa pesquisa ainda esteja nos estágios iniciais, não há dúvidas de que iogurtes sem açúcar são uma alternativa muito mais saudável a chocolates e doces. Nós encorajamos as pessoas a incorporá-los a suas dietas", afirmou.

Uma em cada quatro pessoas sofre de mau hálito regularmente, e 19 em cada 20 são afetadas por doenças da gengiva em algum momento de suas vidas. Carter enfatizou, porém, que a melhor maneira de combater o mau hálito é adotar uma rotina de cuidados com a saúde oral. Isso significa escovar os dentes duas vezes por dia com cremes dentais que contenham flúor, usar fio dental e visitar o dentista regularmente.




Doenças transmitidas pelo beijo

PROTEJA SUA BOCA E EVITE SUSTOS PÓS-CARNAVAL
Passe longe das doenças transmitidas pelo beijo ou pelo sexo oral

Samba, suor, cerveja e... claro, muita sedução! Essa fórmula é praticamente infalível para quem quer um carnaval cheio de boas recordações. A agitação dos quatro dias de folia é tamanha que os foliões ficam soltinhos, soltinhos e cheios de amor para dar. O beijo rola solto na praia, na balada, nas ruas, na avenida ou em qualquer cantinho ao som do batuque.
Só é preciso tomar cuidado com um temido inconveniente. Muitas doenças, das odontológicas às sexualmente transmissíveis (DST), podem ser transmitidas pela boca, através do beijo ou do sexo oral.

Mas foi só um beijinho!

Não importa. Existem vários tipos de doenças potencialmente transmissíveis por uma simples troca de saliva e uma delas é inclusive como a doença do beijo a mononucleose. Isso sem falar em cárie, gengivite, candidíase, herpes labial e genital, tuberculose, hepatite, sífilis e gonorréia. O ritmo alucinado da farra, com muitas horas de agito somadas a uma má alimentação e a ingestão de álcool e drogas em excesso, abre as portas do organismo para a entrada de vírus e bactérias. "Para que a contaminação aconteça, é preciso haver a combinação entre a carga infectante em um dos indivíduos e a baixa resistência no outro" , alerta o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp.

A outra má notícia para os beijoqueiros é que a melhor forma de se proteger com relação a transmissão de doenças pela boca é abstinência ou, pelo menos, uma boca mais comedida, evitando beijar muitas pessoas em pouco tempo ou. "Este cuidado vale para todas as pessoas sadias. Mas, para aquelas com alguma ferida em boca, ele é determinante" , alerta o dentista Pantelis Varvaki Rados, consultor de Estomatologia da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Inflamações, como aftas e gengivite, sensibilizam a mucosa e facilitam a entrada dos micróbios.  "As doenças de maior risco de transmissão são o herpes bucal, em especial os com lesões ativas, e a mononucleose infecciosa, definitivamente transmitida pelo beijo", avalia Pantelis.
Há ainda a candidíase, que surge principalmente quando você está com a resistência baixa. O contágio também pode ocorrer por meio de copos e talheres, mas cada vez com menor probabilidade.

Segundo uma pesquisa publicada no jornal da Academia de Odontologia Clínica Geral dos EUA, em 2002, cerca de 90% dos pacientes analisados que contraíram o componente oral de uma doença sexualmente transmissível (como a gonorréia)não apresentam sinais evidentes de contágio. Os outros 10% exibiam sintomas como inflamação ou edema na gengiva e hemorragia características de outra doença, a dolorosa gengivite necrosante ulcerativa, que apresenta um odor desagradável. "O cirurgião-dentista pode reconhecer os sintomas orais de uma DST e instruir o paciente a procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico! , alerta o dentista Pantelis Varvaki Rados.

Para reduzir o risco de contaminação através de sexo oral, a regra básica é praticar sexo seguro e usar camisinha. De acordo com o médico infectologista Paulo Olzon, não há estudos científicos suficientes que comprovem a transmissão do vírus HIV, da Aids, por via oral. "A contaminação do vírus pela boca é extremamente difícil, isso ainda não foi comprovado", diz Olzon.
O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca poderia ser maior entre as pessoas que usam body-piercing na língua ou lábios, mas só quando não houve cicatrização ou há sangramento no lugar do corte mesmo caso de quem usa aparelho ortodôntico e, muitas vezes, tem a mucosa bucal ferida.

O especialista em estomatologia e professor da USP, Francisco Pacca, considera a região onde o piercing é colocado uma via de entrada para todos os microorganismos. Pacca fez um estudo com 100 pacientes usuários de piercing bucal, realizando a biópsia das áreas próximas ao acessório. "Em todos os pacientes foram encontradas alterações microscópicas, seja por infecção, inflamação e modificações epiteliais" , conclui.


Boca-a-boca

A seguir, conheça as principais doenças que podem ser transmitidas quando você resolve brincar de salada mista

cárie: causada por bactérias, é a mais comum das doenças odontológicas. Para prevenir, basta fazer a higienização adequada, com escovação dos dentes e limpeza com fio dental.

gengivite: trata-se da inflamação da gengiva que, quando não tratada, evolui para um quadro de periodontite. Gengivas vermelhas e sangrantes, raramente dolorosas, caracterizam o mal. "Cáries e doenças periodontais são causadas por bactérias, microorganismos transmitidos por um simples beijo na boca. Mas isso não significa que o contato seja capaz de provocar a instalação da doença" , explica o especialista em estomatologia, Francisco Pacca.

hepatite: há risco de transmissão do tipo B da doença, caso haja lesões e feridas na mucosa bucal. O tipo A é transmitido por fezes e o tipo C, apenas por agulhas.

herpes: o vírus pode ser transmitido mais facilmente na fase aguda, quando está em plena atividade e deixa a boca cheia de pequenas bolhas. A herpes tipo 1 é caracterizada como labial e a tipo 2 como genital, mas com a prática do sexo oral, o vírus do tipo 1 pode causar a genital e vice-versa , explica o médico infectologista, Paulo Olzon.

candidíase: também conhecido como sapinho, caracteriza-se por áreas brancas na mucosa que, quando raspadas, deixam a região vermelha e sangrante. gonorréia: apresenta vermelhidão, ardência e prurido na mucosa. Raramente faz feridas

mononucleose: popularmente chamada de doença do beijo, apresenta pequenas manchas vermelhas no céu-da-boca. Provoca o aumento do volume dos gânglios. Estes sinais costumam aparecer após um mês do contágio.

sífilis: ela causa uma ferida indolor no lábio ou na língua e ínguas no pescoço. A transmissão é considerada muito rara. Mesmo a sífilis genital só atinge pacientes indivíduos com vida sexual extremamente promíscua , explica Paulo Olzon.